Temer evita se posicionar sobre eleição na Câmara em encontro com líder do DEM

Na reunião, Temer disse que não vai se intrometer nas negociações para não correr risco de rachar a base aliada e cometer os mesmos erros da presidente afastada Dilma Rouss
Estadão Conteúdo
Publicado em 11/07/2016 às 18:19
Na reunião, Temer disse que não vai se intrometer nas negociações para não correr risco de rachar a base aliada e cometer os mesmos erros da presidente afastada Dilma Rouss Foto: Foto: Lula Marques/ Agência PT


O líder do DEM na Câmara, Pauderney Avelino (AM), esteve na manhã desta segunda-feira (11), em reunião com o presidente em exercício, Michel Temer. No encontro, segundo interlocutores, Temer quis saber sobre os candidatos da base aliada à presidência da Câmara, mas não indicou preferência por um nome.

Na reunião, Temer disse que não vai se intrometer nas negociações para não correr risco de rachar a base aliada e cometer os mesmos erros da presidente afastada Dilma Rousseff (PT). Questionado se tem preferência entre os nomes do DEM José Carlos Aleluia (BA) e Rodrigo Maia (RJ), o peemedebista não se posicionou. 

Em entrevista concedida nesta tarde, Avelino disse que precisa de mais tempo para anunciar a candidatura do partido. Ele afirmou que não há negociação com o PT para uma aliança. "Não há qualquer tipo de comprometimento doutrinário", disse, ressaltando que qualquer aproximação com o PT seria algo pessoal do candidato, e não do partido.

Na tarde de hoje, as siglas que compunham a antiga oposição ao governo Dilma Rousseff - DEM, PPS, PSDB e PSB - têm reunião para discutir a conjuntura e os cenários para a eleição na Casa.

Para o deputado, o fato de a disputa ocorrer entre diversos candidatos aliados ao governo Temer não será motivo para rachar a base. "É preciso evitar uma disputa à la prévias americanas, nas quais os candidatos ficam se matando", disse.

O candidato Rogério Rosso (PSD-DF) fez declaração na mesma linha "O racha depende muito da atitude de cada candidato. Pretendo procurar um por um, depois que forem oficializadas as candidaturas, e propor um pacto de elegância em prol da Casa. Não se pode fazer um embate de baixo nível", disse.

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