De posse dos resultados das eleições municipais de domingo (2) o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), considerou que o PT, principal adversário no âmbito nacional, foi "dizimado" em várias regiões do País.
Em entrevista coletiva após encontro com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o tucano afirmou que o PT, após o desempenho nessas eleições, terá de buscar novas alternativas para se reconciliar com setores da sociedade que deixaram de apoiá-lo. Os petistas conquistaram 256 prefeituras neste pleito contra 638, em 2012.
"Essas eleições demonstração a clara derrocada do PT, do falacioso discurso do golpe, do oportunista discurso da vitimização que o PT alardeou por todo o País. Não fomos nós do PSDB, a população rechaçou esse discurso. O PT vai ter que encontrar novo caminho para se reconciliar minimamente com setores da sociedade que deles já estiveram próximo. A grande verdade é que o PT, em várias regiões do País, foi simplesmente dizimado", disse o tucano.
Potencial candidato às eleições presidenciais de 2018, Aécio Neves buscou minimizar a conquista da capital paulista por João Dória (PSDB), ligado ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que também poderá disputar o próximo pleito pelo partido.
"Tivemos vitórias expressivas como a de São Paulo, mas o PSDB venceu em todas as regiões do País, sem exceção", ponderou. "Essas eleições legitimam o PSDB como o partido que mais recebeu votos", acrescentou num segundo momento. O número de prefeituras comandadas pelo partido cresceu de 701 para 793.
Logo após o encontro com o tucano, o presidente do Senado, Renan Calheiros, também fez avaliações sobre a atuação do PMDB e do PSDB no primeiro turno da disputa municipal. "O PMDB teve um ótimo resultado nessas eleições. É difícil um partido se manter como o maior em eleição pulverizada. O PMDB também tem motivos para comemorar", afirmou Renan, após dizer que o PSDB teve 17 milhões de votos, mas metade em São Paulo. Nesta eleições municipais, o PMDB se manteve no topo de ranking com o maior número de prefeitos eleitos (1.027).
Aliado do presidente Michel Temer, Aécio Neves minimizou o resultado da última pesquisa Ibope/CNI, que aponta a manutenção do alto índice de rejeição do governo Temer. "O presidente Temer não tem que se preocupar com popularidade. Temer tem um compromisso com reforma estruturais", afirmou.
Renan Calheiros também minimizou os resultados apontados nas última pesquisa de avaliação do governo. "A baixa popularidade de Temer é natural porque o governo está no início", considerou Renan, que almoçou hoje com o presidente no Palácio do Planalto.
Pesquisa CNI/Ibope divulgada na manhã desta terça-feira (04) mostrou que a desaprovação à maneira do presidente Michel Temer governar subiu de 53% para 55% e 17% não souberam ou não responderam, contra 16% da mostra divulgada anteriormente.
Na pesquisa anterior, 31% aprovavam a maneira de Temer governar, agora 28% aprovam.
O porcentual dos que acreditam que o governo é ruim ou péssimo se manteve em 39% e os que acham o governo regular caiu de 36% para 34%. Não souberam responder 12%, ante 13% da última pesquisa.
Sobre o nível de confiança em Temer, 68% disseram não confiar, contra 66% do levantamento anterior. De acordo com a nova pesquisa, 26% disseram confiar, um ponto porcentual a menos que o último levantamento. Não souberam responder 6%, ante 7% da última pesquisa.