Renan confirma varredura em gabinete e residência de Eduardo Cunha

Presidente do Senado afirmou que não viu nenhuma irregularidade no pedido de varredura de gabinete de Cunha
Estadão Conteúdo
Publicado em 24/10/2016 às 19:03
Presidente do Senado afirmou que não viu nenhuma irregularidade no pedido de varredura de gabinete de Cunha Foto: Foto: Agência Brasil


O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), confirmou que a Polícia Legislativa do Senado realizou varredura no gabinete e residência oficial da Câmara dos Deputados durante o mandato do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

"Não vejo nenhuma irregularidade. Como eu iria recusar uma varredura na residência oficial de um dos presidentes das Casas do Congresso? É uma coisa absolutamente rotineira. E olha que eu nunca tive as melhores relações com Eduardo Cunha", ironizou o presidente do Senado. 

O pedido foi feito oficialmente pela Câmara dos Deputados em formato de "ordem de missão" à Secretaria de Polícia do Senado Federal em 13 de novembro de 2015. O cumprimento do pedido foi realizado no gabinete da presidência em 16 e 27 de novembro de 2015 e na residência oficial em 20 de novembro de 2015.

De acordo com fontes da Polícia Legislativa do Senado, a Câmara não detém os equipamentos necessários para fazer as varreduras e, por isso, foi pedido ao Senado. 

Por outro lado, Renan fez rodeios para dizer se já requisitou ou não varreduras em suas residências ou gabinetes. Ele negou veementemente qualquer varredura em endereços em Alagoas, mas não foi preciso sobre Brasília.

Em listagem oficial divulgada pela assessoria da Presidência do Senado, consta um pedido de varredura feito por Renan Calheiros em 20 de maio de 2016 no gabinete do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Bruno Dantas, apadrinhado político de Renan e do ex-presidente José Sarney. 

Polícia da Câmara

A declaração de Renan aconteceu na tarde dessa segunda-feira (24) ao mesmo tempo em que a Polícia Legislativa da Câmara negava que órgão teria feito qualquer varredura, mas ponderava que a ação poderia ter sido executada pela Polícia do Senado.

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