O Conselho de Ética da Câmara decidiu, por 11 votos contra 1, arquivar a representação que pedia a cassação do mandato do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) por quebra de decoro parlamentar. Bolsonaro, durante a votação do processo de impeachment na Câmara, defendeu um dos principais símbolos da repressão durante a ditadura militar no Brasil, o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra.
O relatório do deputado Odorico Monteiro (PROS-CE) era favorável á continuidade do processo contra Bolsonaro, mas o texto acabou sendo derrotado.
A tese que prevaleceu foi a de que o deputado apenas expressou sua 'livre opinião política', amparado na inviolabilidade parlamentar, argumento sustentado no relatório do deputado Marcos Rogério (DEM-RO).
Segundo o relatório final da Comissão Nacional da Verdade, só na gestão de Ustra, o DOI de São Paulo foi o responsável pela morte e desaparecimento de ao menos 45 presos políticos.
Informações da Folha de São Paulo dão conta de que votaram a favor de Bolsonaro os deputados André Fufuca (PP-MA), Laerte Bessa (PR-DF), Marcos Rogério (DEM-RO), Nelson Meurer (PP-PR), Capitão Augusto (PR-SP), Covati Filho (PP-RS), Ricardo Izar (PP-SP), Vinicius Carvalho (PRB-SP), João Carlos Bacelar (PR-BA), Júlio Delgado (PSB-MG) e Sandro Alex (PSD-PR). Contra, apenas votou o relator Odorico Monteiro (PROS-CE).