O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa declarou que a delação premiada da Odebrecht, que pode envolver mais de 200 políticos, não irá prejudicar o Brasil. "O que desestabilizaria a democracia seria deixar as coisas correrem soltas sem investigação. Deixa a Justiça funcionar", afirmou. O ex-ministro defendeu que os órgãos da Justiça funcionem sem interferência.
Relator do processo do mensalão, que condenou 24 réus, entre eles o ex-ministro José Dirceu, Barbosa evitou fazer comentários sobre a Operação Lava Jato e o juiz federal Sérgio Moro. O ex-presidente do Supremo disse que acompanha "por alto" as investigações, mas que os desdobramentos da operação não o surpreendem. "Nada disso me surpreende, eu conheço muito bem como funciona o Brasil."
Ele também evitou falar sobre o fim do foro privilegiado, mas disse que cabe à sociedade brasileira tomar consciência da hiperatividade de se acabar com isso". Barbosa participou nesta quarta-feira, 9, de uma sessão no STF em homenagem ao ex-ministro Cezar Peluso.