Marisa Letícia permanece em coma induzido

Na quarta (25), ela foi submetida a uma nova avaliação tomográfica de crânio para controle de sangramento cerebral
Estadão Conteúdo
Publicado em 26/01/2017 às 11:23
Na quarta (25), ela foi submetida a uma nova avaliação tomográfica de crânio para controle de sangramento cerebral Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula


A ex-primeira-dama Marisa Letícia, mulher do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, permanece em coma induzido e respirando com ajuda de aparelhos. Ela foi submetida a uma nova avaliação tomográfica de crânio para controle de sangramento cerebral, conforme o boletim médico nessa quarta-feira (25) divulgado pelo Hospital Sírio-libanês.

Os médicos suspenderam os sedativos para avaliar os efeitos da cirurgia e constataram que Marisa Letícia apresentava reação anormal, agitada, com uma das pupilas dilatadas, e decidiram submeter a ex-primeira-dama a nova tomografia. O exame constatou que a hemorragia é maior do que os médicos imaginavam. Ela foi então submetida a uma intervenção para drenagem do sangue acumulado por meio de um cateter. O ex-presidente acompanhou o tratamento da esposa. 

Recuperação de Marisa Letícia

Especialistas dizem que a evolução do paciente no caso de uma hemorragia cerebral causada pela ruptura de um aneurisma depende de uma série de fatores que vão desde a agilidade para o socorro, passando pela localização da lesão até características individuais.

Segundo os especialistas, o tipo de AVC que a ex-primeira-dama Marisa Letícia teve também não é o mais comum.

Pela literatura, uma pessoa a cada seis no mundo vai ter um AVC, mas o tipo mais comum é a isquemia, quando há um entupimento da artéria, e não sangramento. São 80 a 85% dos casos de isquemia e 15 a 20% são sangramentos, que podem ser aneurismas e outras doenças vasculares", disse Pedro Varanda, neurologista do Hospital Quinta D’Or.

Esse tipo de AVC pode não ter sintomas, de acordo com o paciente, mas há sintomas que podem ser reconhecidos. "Um dos sintomas é uma dor de cabeça súbita, que pode ser muito forte", explicou Cícero Galli Coimbra, professor de neurologia e neurociências da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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