O juiz federal Sérgio Moro adiou nesta quarta-feira (26) o depoimento do presidente do Instituto Lula Paulo Okamotto e do executivo Agenor Franklin, ligado à OAS, por causa da greve geral preparada por centrais sindicais. A audiência, que estava marcada para esta sexta-feira, 28, foi transferida para 4 de maio, às 14h.
A manifestação contra as reformas da Previdência e trabalhista e a Lei da Terceirização está sendo convocada por oito centrais sindicais que, juntas, representam mais de 10 milhões de trabalhadores.
O juiz da Lava Jato transferiu, também para o dia 4 de maio, às 10h, o interrogatório de Roberto Moreira Ferreira, ligado à OAS
Em 10 de maio, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva será o interrogado. O depoimento do petista havia sido marcado para o dia 3, mas a pedido da Secretaria de Segurança Pública do Paraná e da Polícia Federal o juiz Moro remarcou a audiência para dali a uma semana.
As corporações alegaram necessidade de "tempo adicional" para montar esquema de segurança diante das manifestações populares.
Nesta ação, Ministério Público Federal sustenta que Lula recebeu R$ 3,7 milhões em benefício próprio - de um valor de R$ 87 milhões de corrupção - da empreiteira OAS, entre 2006 e 2012.
As acusações contra Lula são relativas ao recebimento de vantagens ilícitas da empreiteira OAS por meio do triplex no Guarujá, no Solaris, e ao armazenamento de bens do acervo presidencial, de 2011 a 2016.
O ex-presidente nega taxativamente a propriedade do imóvel e o recebimento de propinas da OAS.