O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na noite desta quarta-feira (10) que deseja continuar merecendo a confiança dos brasileiros e que a relação com os apoiadores não "é de candidato, mas de companheiro de luta". O petista disse também que vai provar que é possível "consertar o País".
"Eu estou vivo e preparado para voltar a ser candidato a presidente", afirmou o presidente, em ato realizado por partidários após o depoimento dele ao juiz Sergio Moro. "A História mostrará que nunca alguém foi tão massacrado como eu estou sendo neste País. Querem que eu seja massacrado antes do dia em que eu seja julgado."
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Lula ficou emocionado em alguns momentos da fala. Em um deles, disse que não tem como agradecer tamanha solidariedade dos manifestantes, que chegavam a cinco mil, de acordo com a Polícia Militar do Paraná. "Se não fosse vocês eu não suportaria o que estão fazendo comigo", afirmou.
Em outro, falou que não seria digno de discursar se "tivesse alguma culpa". "Se for para eu mentir algum dia, quero que um ônibus me atropele", disse.
O ex-presidente afirmou ainda que solicitou à Justiça Federal que o depoimento fosse transmitido ao vivo para que "vissem nos olhos de quem pergunta e quem responde".
Após 12 minutos, Lula deixou o palco, mas voltou e tomou a fala quando uma estudante secundarista discursava. Ele criticou o projeto Escola sem Partido e disse que "educação não é gasto, é investimento".
Momentos antes de se iniciarem os discursos, o palanque dos partidários de Lula teve de passar por inspeção. O local foi evacuado, mas poucos minutos depois os manifestantes voltaram em segurança.