O presidente Michel Temer voltou a pedir nesta quinta-feira (11) que haja paz entre os brasileiros e repetiu, como disse em evento na véspera, que o clima no País é de "certa raivosidade". "Nós vivemos um momento, nos últimos tempos, de uma certa animosidade entre os brasileiros, o que é inteiramente condenável", disse durante cerimônia de imposição da "Medalha Militar de Platina", em Brasília, conforme áudio divulgado no final da manhã pela assessoria de imprensa do Planalto.
"Eu não me canso de repetir esse fato, porque me parece importante que, sendo eu presidente da República, eu possa fazer alguma pregação. E a pregação que tenho feito ao longo do tempo é exata e precisamente a pacificação entre os brasileiros, para eliminar o que eu disse ontem, com um certo ideologismo, uma certa raivosidade existente entre setores da sociedade brasileira", completou.
Ao exaltar o papel das Forças Armadas, Temer disse que, apesar de os militares estarem preparados para a guerra, eles representam a busca da paz. "Quero também registrar que as Forças Armadas exercem um papel extraordinário, estão preparadas para a guerra, mas elas representam, quando (a guerra) não vem, esperamos que nunca venha, elas representam o sintoma da paz, são a garantia da paz, porque elas se baseiam na ideia de disciplina, hierarquia e respeito absoluto da nossa história", afirmou.
No evento, Temer assinou o decreto de Criação do Comitê para Revitalização do Parque Nacional dos Guararapes (PE), que integrará os ministérios da Defesa, Cultura, o Exército e Iphan, com a finalidade de discutir e propor instrumentos para a revitalização do parque. "Neste momento acho importantíssimo resgatar os momentos históricos", disse Temer, destacando que daqui a 50 anos ele e os generais Villas Boas e Marco Antônio de Farias, que foram homenageados com medalhas, farão parte da história.
Temer disse ainda que uma tarefa "dificílima" caiu nas mãos do governo e citou o auxílio das Forças Armadas no auxílio da segurança pública dos Estados. "Não são momentos fáceis, nem administrativa nem politicamente", disse. Segundo Temer, ao pedir ajudar ao ministro da defesa, Raul Jungmann, e às Forças Armadas para a segurança pública, ele teve o apoio necessário.
"Quando solicitei o apoio para essa atividade relativa à segurança pública dos Estados, e estava ultrapassando as fronteiras territoriais e jurídicas do conceito de autonomia estadual, não houve um titubeio se quer", afirmou. "Imediatamente se disse: 'conte conosco para aquilo que for necessário'. E contamos. Vejam o que as Forças Armadas têm feito ao longo do tempo, nesses últimos tempos exatamente em relação à segurança pública", disse Temer.
O presidente afirmou ainda que a população está aplaudindo a atuação das Forças Armadas nos Estados e que os militares "servirão sempre de exemplo". "Para revelar que o País precisa de paz e tranquilidade", declarou. "Quando se traz, quando nós pedimos, quando enviamos as Forças Armadas para certos Estados, eles são recebidos com aplausos. E olha que aplausos para homens da vida pública não está nada fácil", completou.