Na campanha de Gleisi Hoffmann para a prefeitura de Curitiba, em 2008, o marido da agora senadora petista intermediou o pagamento de caixa 2. O então ministro do Planejamento Paulo Bernardo, atuou em conjunto com Antonio Palocci para viabilizar o pagamento de R$ 4 milhões de forma não oficial, conforme a delação premiada do casal de ex-marqueteiros do PT.
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Segundo o depoimento de Mônica Moura e João Santana, em acordo de delação premiada firmado com o Ministério Público, Mônica teve vários encontros com Bernardo para acertar a quantia e a forma de pagamento da campanha. O total aproximado da campanha eleitoral foi de R$6 milhões. Deste valor, mais de um milhão foi pago oficialmente; e, aproximadamente, R$4 milhões foram pagos por fora.
Gleisi tinha plena ciência de que seu marido exigiu que parte dos valores da campanha fossem pagos por fora, de acordo com a delação. Em momentos de atrasos de pagamento, Mônica comentava com Hoffmann e recebia como resposta vou "falar com Paulo".
No mesmo ano, em 2008, o casal de marqueteiros também trabalhou na campanha à prefeitura de São Paulo de Marta Suplicy, na época candidata do PT, mas atualmente senadora filiada ao PMDB. A campanha custou mais ou menos R$ 18 milhões. Deste valor, R$ 7,597 milhões foram pagos oficialmente.
Parte do caixa 2 então teria sido paga em espécie e o restante transferido pela Odebrecht para contas no exterior. Segundo os delatores, Marta também tinha conhecimento dos pagamentos ilegais.