Joesley Batista, dono da JBS, relata em delação premiada que a aproximação com Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda do PT, rendeu-lhe o pagamento de propina a deputado num acordo para tentar salvar Dilma Rousseff (PT) do impeachment. Conforme o documento, Guido Mantega aproximou o empresário do deputado João Bacelar, que pediu R$ 150 milhões para pagar 30 deputados que votariam contra o impedimento da petista na Câmara.
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Guido Mantega solicitou ajuda de Joesley Batista para não depor na CPI do Carf, comissão da qual João Bacelar era o relator. Joesley procurou Bacelar e pediu a ajuda para Guido Mantega. O episódio resultou na aproximação entre o empresário e o deputado abrindo caminho para Bacelar solicitar ajuda contra o impeachment de Rousseff.
Em um encontro surpresa, na casa de Joesley, Bacelar apareceu e fez a solicitação de R$ 150 milhões para pagar a 30 deputados que supostamente votariam contra o impeachment. O pedido não foi aceito na sua totalidade. O dono da JBS estava disposto a pagar apenas R$ 15 milhões a 5 deputados, R$ 3 milhões a cada um que se comprometesse a votar em favor de Rousseff. Do total negociado, Joesley pagou, até o o firmamento da delação, R$ 3,5 milhões.