Questão como impeachment não pode ser avaliada no drive-thru, diz Maia

Ele reforçou, porém, mais uma vez, que, como presidente da Câmara, "não será instrumento para desestabilização do Brasil"
Estadão Conteúdo
Publicado em 24/05/2017 às 14:18
Ele reforçou, porém, mais uma vez, que, como presidente da Câmara, "não será instrumento para desestabilização do Brasil" Foto: Foto: Agência Câmara Notícias


O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), negou nesta quarta-feira (24) que tenha engavetado os pedidos de impeachment do presidente Michel Temer protocolados na Câmara, com base na delação premiada da JBS. Segundo ele, uma questão "tão grave como essa não pode ser avaliada num drive-thru".

"Eu não posso avaliar uma questão tão grave como essa num drive-thru. Não é assim. Não é desse jeito. Quanto tempo se discutiu, se passou aqui na crise do governo Dilma? As coisas não são desse jeito", afirmou o presidente da Câmara em entrevista à imprensa ao chegar à Casa.

Maia disse que é preciso ter "paciência". "Estão dizendo que eu engavetei. Não tomei decisão. Não é uma decisão que se tome da noite para o dia", declarou.

Ele reforçou, porém, mais uma vez, que, como presidente da Câmara, "não será instrumento para desestabilização do Brasil".

"Esse tem sido meu comportamento, de muita paciência, muita calma, tentando construir uma agenda de recuperação da crise econômica. Estou olhando para 2018 com Brasil podendo crescer 3%, 4%. E acho que, com esse olhar, preciso ter agenda que garanta essa possibilidade no ano que vem", afirmou Maia.

Medida Provisória

Na entrevista, o presidente da Câmara avaliou que a votação de terça-feira (23) no plenário da medida provisória (MP) que autoriza saque de contas inativas do FGTS foi uma sinalização importante para o governo, mas também para sociedade de que a Casa está focada na recuperação econômica do País.

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