Interlocutores do presidente Michel Temer comemoraram o fato de os ministros do Tribunal Superior Eleitoral sinalizarem que não devem considerar as delações da Odebrecht na ação que pode cassar o mandato do presidente. Segundo uma fonte, o julgamento acontece dentro das expectativas do governo, que espera uma absolvição do presidente.
Para esse interlocutor, ficou claro que as delações da Odebrecht não devem incorporar a ação e isso seria positivo. No Planalto, até o momento, a avaliação é de que o julgamento se estenda até a sexta-feira (9) e que o presidente seja absolvido por um placar de 4 a 3.
Temer ficou acompanhando o julgamento de seu gabinete e recebeu diversos ministros. De acordo com um auxiliar, Temer está "tranquilo".
Na sessão da manhã desta quinta-feira (8) a terceira do julgamento da chapa Dilma-Temer nas eleições de 2014, quatro dos sete dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sinalizaram que não vão incorporar as delações da Odebrecht em seus votos.
Os ministros Napoleão Nunes Maia, Admar Gonzaga e Tarcísio Vieira concordaram com a preliminar apresentada pelas defesas de que o uso das delações da Odebrecht extrapola o que foi pedido inicialmente pelo acusador, o PSDB.
O presidente o TSE, Gilmar Mendes, ainda não apresentou sua análise completa sobre este tema, mas deve se posiciona com este mesmo entendimento. A interpretação diverge da dos ministros Herman Benjamin, relator da ação, Luiz Fux e Rosa Weber. A sessão no turno da tarde está marcada para às 14h30.