Além do ex-ministro Antônio Palocci, o juiz Sérgio Moro também condenou, nesta segunda-feira (26), o empreiteiro Marcelo Odebrecht e o casal de ex-marqueteiros do PT, Mônica Moura e João Santana na Lava Jato. Juntos, os três foram condenados a quase 20 anos de reclusão, que será decrescida conforme o acordo firmado com a delação premiada.
Moro condenou Marcelo Odebrecht a 12 anos, dois meses e 20 dias, por um crime de corrupção ativa e 19 crimes de lavagem de dinheiro. Mas como o réu fechou delação premiada, homologada pelo STF (Supremo Tribunal Federal), e contribuiu com as investigações, o magistrado levou em consideração a punição que já havia sido definida na assinatura do acordo de colaboração.
João Santana e Mônica Moura, responsabilizados por 19 de crimes de lavagem de dinheiro, foram condenados a sete anos e seis meses de prisão. Mas ambos tiveram as penas substituídas pelo que já havia sido combinado nas delações premiadas do casal.
Na mesma ação, o juiz também condenou Palocci a 12 anos e dois meses em regime fechado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O ex-ministro, que já ocupou as pastas da Fazenda, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e da Casa Civil, na gestão de Dilma, está preso desde setembro de 2016. Os nove meses que Palocci já está preso serão descontados da pena que o ex-ministro terá a cumprir.
Segundo o UOL, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto também foi punido com seis anos de prisão em regime fechado, com a progressão de pena condicionada à reparação de danos, multa de R$ 46.650.
O ex-diretor da Petrobras, Renato Duque, por sua vez, recebeu cinco anos e quatro meses de reclusão em regime fechado, já descontada a redução de pena (seis meses) recebida pelo fato de ter confessado o crime de corrupção passiva.