O presidente da Fundação Novo, o ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco, disse hoje que o PMDB nunca foi um partido pró-mercado, mas passou a ter uma agenda que se tornou consenso. Segundo ele, não há duvida que existe um clima diferente no País com relação a questões como o tamanho do Estado. De acordo com o economista, o Brasil está cansado de esquemas de proteção, favorecimento a empresas, corrupção, má utilização de empresas estatais e recursos do governo para favorecer grupos privados.
"Essa aversão a essa pirataria e ao favorecimento de grupos privados, políticos e corruptos provoca uma reação muito saudável que leva a ideias sobre privatização, redução do tamanho e da complexidade do Estado por muitos candidatos que se mostram mais liberais", afirmou. "A começar pelo presidente da República. O PMDB nunca foi um partido pró-mercado, privatização ou austeridade fiscal, mas está com uma agenda que se tornou consenso. E se esse consenso dirige o PMDB, provavelmente dirigirá outros também".
Gustavo Franco participa da terceira convenção do Partido Novo que, ainda hoje, vai aclamar o fundador João Amoêdo como pré-candidato para concorrer ao Palácio do Planalto nas eleições do ano que vem. Criado em 2015, o Novo conseguiu eleger cinco vereadores ano passado.