Negociador técnico da proposta de reforma, o secretário de Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano, diz que ainda há tempo para fazer uma proposta preventiva e evitar medidas mais duras.
A reforma é importante por uma questão de igualdade. Para termos um tratamento mais igualitário, não fazendo diferença entre deputado, senador, juiz, desembargador ou alguém que tenha um emprego de remuneração mais baixa no setor privado. Outra questão é o ajuste nas contas públicas, para dar sustentabilidade e para não chegarmos a uma situação tal como correu em Portugal e Grécia, onde houve a necessidade de reduzir o valor dos benefícios.
Ainda temos tempo de fazer uma reforma preventiva. Prevenir é melhor que remediar. A proposta tem uma regra de transição longa, que fecha o ciclo da reforma em 20 anos.
Tem uma questão estrutural. O Brasil passa por um envelhecimento populacional muito acelerado. É uma questão técnica, mas que é verdadeira.
Sim. E vamos fazer de tudo para aprová-la o mais rápido possível Qualquer alteração que vier na proposta terá de levar em consideração três grandes fatores: que contribua para reduzir a desigualdade do País; o impacto fiscal; e como a alteração torna o ambiente mais propício à aprovação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.