O diretor-geral da PF, Fernando Segóvia só irá responder aos questionamentos do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, na quarta-feira, 14. À agência Reuters, Segovia afirmou que a tendência é que as investigações contra o presidente Michel Temer sobre o Decreto dos Portos sejam arquivadas. O ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso mandou intimar o diretor-geral da PF para esclarecimentos.
"Afirmo que em momento algum disse à imprensa que o inquérito será arquivado. Afirmei inclusive que o inquérito é conduzido pela equipe de policiais do GInqE com toda autonomia e isenção, sem interferência da Direção Geral", afirmou o diretor-geral da PF, por meio de nota.
O chefe da PF disse, em entrevista à agência Reuters, que a tendência é que a PF recomende o arquivamento da investigação em que Temer é suspeito de beneficiar a empresa Rodrimar no decreto de renovação de concessões no Porto de Santos, em São Paulo.
Barroso disse que a conduta de Segovia "é manifestamente impróprio e pode, em tese, caracterizar infração administrativa e até mesmo penal". Além disso, o ministro do STF disse que a declaração de Segovia ameaçou o delegado responsável pelas investigações, que deve estar "livre de pressões".
De acordo com o portal de notícia G1, a assessoria do chefe da PF informou que ele está em viagem ao exterior e ainda não recebeu a intimação.