O ministro da Defesa, Raul Jungmann, esclareceu nesta sexta-feira (16), Broadcast que o uso de tropas nas ruas do Rio de Janeiro por conta do decreto de intervenção militar ainda não está definido e será fruto de avaliação. "Não haverá policiamento ostensivo de saída, nem tanques", disse. "Pode até ter (tanques), mas depende de um planejamento, momento, necessidade e não será algo assim de saída, amanhã", esclareceu.
Jungmann participará nesta sábado (17)de reunião no Rio de Janeiro com o presidente Michel Temer e o Comandante Militar do Leste, General Walter Sousa Braga Netto, que foi designado interventor, de acordo com o decreto assinado por Temer nesta sexta.
Jungmann disse ainda que não há definição do efetivo de homens que será colocado à disposição do estado e que "por hora" o efetivo existente no Rio "é suficiente".
Durante a coletiva na tarde desta sexta, após a assinatura do decreto, o ministro Sergio Etchegoyen (Gabinete de Segurança Institucional) disse que o interventor voltava de férias e ainda não podia se pronunciar sobre medidas que tomará no combate à criminalidade no estado. Já Jungmann destacou que o "carioca" Braga Neto conhece com "profundidade" o Rio, onde atuou especialmente na segurança da Olimpíada de 2016. Jungmann sinalizou que o trabalho conjunto montado desde então, reforçado com a operação de Garantia da Lei e da Ordem, será reforçado, agora sem interferências dos comandos das polícias Civil e Militar.
Etchegoyen informou que o governo federal avalia "atos administrativos" para expandir o poder das Forças Armadas, após o anúncio da intervenção federal. "Há uma série de providências que deverão ser tomadas, atos administrativos que permitam um planejamento, de acordo com as competências de cada órgão", afirmou.
O ministro do GSI também participará nesta sábado da reunião no Rio, assim como o governador Luiz Fernando Pezão. O encontro está agendado para o meio dia no Palácio Guanabara, sede do estado, e Temer deve sair de Brasília por volta das 10 horas.