Após a decisão do juiz Sérgio Moro, dando a Lula o prazo para se entregar à Polícia Federal até amanhã (6), os advogados do ex-presidente retornaram ao prédio do Instituto Lula para se encontrar com o petista.
Anteriormente, Cristiano Zanin Martins e Valeska Martins se reuniram com Lula por cerca de duas horas e falaram com a imprensa, ainda sem informação do despacho de Moro. Após a entrevista, os dois saíram do prédio, mas retornaram minutos depois com a informação sobre a decisão do juiz.
Na entrevista, Zanin afirmou à imprensa que a defesa tinha instrumentos para suspender qualquer medida adotada com base na decisão do TRF-4, evitando medida de restrição de direitos do petista.
Na ocasião, os advogados afirmaram que não havia pressa, não havia nenhum risco de prisão e que um mandado não poderia ser expedido agora porque o processo ainda não havia terminado o trâmite em Porto Alegre. "Nós estamos trabalhando e definindo a estratégia que será colocada em prática nos próximos dias".
Ele classificou que uma prisão seria "arbitrária" antes do trânsito em julgado. Zanin reforçou que não estava considerando possibilidade de prisão quando perguntado se haveria acordo para Lula se entregar. Terminado o processo na segunda instância, Zanin citou possibilidade de recurso especial no STJ e recurso extraordinário no STF.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu às 18h33 da sede de seu instituto, em São Paulo. De acordo com assessoria de imprensa o destino seria São Bernardo do Campo.
Ele estava no local desde a manhã, e recebeu aliados políticos e advogados. Após a ordem do juiz Sérgio Moro, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) classificou a decisão como "escândalo" e "absurdo", citando que ainda havia prazo para a defesa entrar no TRF-4 com embargo dos embargos até a próxima terça-feira.