Greenpeace assume ter deixado mala com alarme em comissão da Câmara

A sessão que analisa o projeto de lei dos agrotóxicos foi interrompida por suspeita de que o objeto fosse uma bomba caseira
ABr
Publicado em 21/06/2018 às 18:41
A sessão que analisa o projeto de lei dos agrotóxicos foi interrompida por suspeita de que o objeto fosse uma bomba caseira Foto: Foto: Agência Brasil


A organização não governamental Greenpeace assumiu a responsabilidade por ter deixado uma mala que disparou alarme de moto na comissão especial que analisa o projeto de lei dos agrotóxicos (PL 6299/02), nesta quarta-feira (20). Na ocasião, a sessão foi interrompida por suspeita de que o objeto fosse uma bomba caseira.

Por meio de comunicado, a entidade afirmou que protesto teve como objetivo “chamar a atenção para os riscos da aprovação do projeto, que libera ainda mais agrotóxicos no Brasil”. Segundo a ONG, o Greenpeace realiza, em todo o mundo, atividades pacíficas para defender o meio ambiente.

“O alarme estava inserido em uma pasta e não representava risco algum para a segurança dos presentes. Qualquer outra interpretação é uma tentativa mal-intencionada de desviar a atenção da real ameaça em questão: a liberação de mais veneno na comida dos brasileiros”, diz a nota.

Procurado pela Agência Brasil, o Greenpeace não informou como entrou nas dependências da Câmara dos Deputados com a mala. O protocolo padrão da casa é que todos os visitantes sejam identificados ao ingressar nas dependências da Câmara e seus pertences são revistados em aparelhos de raio-x. 

Em nota, a Câmara dos Deputados informou que foi aberta uma ocorrência policial para verificar o responsável por ter deixado a mala no local. Ao encontrar o objeto, a Polícia Legislativa da Casa acionou o Esquadrão Antibomba da Polícia Militar do DF. Ainda segundo a nota, "no interior da pasta encontrava-se uma simulação grotesca de artefato explosivo". 

PL do Veneno

Conhecida como PL do Veneno, a proposta tem provocado intensos debates na Câmara dos Deputados. A medida é alvo de uma queda de braço de empresários ruralistas contra ambientalistas e órgãos do governo como, por exemplo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), que se posicionaram contrário à proposta.

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