'Pensei que fosse um meme', diz Raul Jungmann sobre decisão judicial que libertaria Lula

Desembargador determinou, no último domingo, a soltura do petista. Decisão da presidência do TRF4, contudo, anulou deliberação anterior
Da editoria de Política
Publicado em 10/07/2018 às 9:36
Desembargador determinou, no último domingo, a soltura do petista. Decisão da presidência do TRF4, contudo, anulou deliberação anterior Foto: Foto: Marcelo Camargo / ABr


Em entrevista à Rádio Jornal na manhã desta terça-feira (10), o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou que recebeu pelo Whatsapp a informação de que o desembargador Rogério Favreto, plantonista do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), havia mandado soltar o ex-presidente Lula (PT), no último domingo (8). "Pensei que fosse um meme", afirmou o pernambucano, referindo-se às piadas que geralmente circulam nas redes sociais.

"Foi uma surpresa tamanha. A primeira notícia que tive foi, como sempre, pelo 'zap'. Quando eu vi uma foto do presidente com os dizeres 'juiz manda soltar Lula', eu achei que era um meme, ou seja, aquelas piadas que você faz e são abundantes do Whatsapp. Só depois é que eu tive consciência que aquilo tinha acontecido", relembrou Jungmann.

Ouça abaixo a entrevista do ministro na íntegra:

VAZAMENTO

O ministro comentou ainda o vazamento, por membros do PT, de uma conversa que ele teve com a deputada federal Maria do Rosário (PT) também pelo Whatsapp. "Estou muito chateado e perplexo", disparou, questionando como poderá, depois do episódio, atender aos telefonemas de parlamentares petistas.

"Isso não é ético (o vazamento). É a segunda vez que isso acontece comigo. A primeira vez foi com a senadora Gleisi Hoffmann. Como eu vou atender os telefonemas e pedidos de parlamentares do PT daqui para frente? São regras de convívio que não foram cumpridas", avaliou.

Em trecho do diálogo vazado, o ministro diz à deputada que o presidente do TRF4, Carlos Eduardo Thompson Flores, determinou ao superintendente da Polícia Federal do Paraná o não cumprimento da ordem de Favreto até a chegada da sua decisão, que anulou a anterior. À Rádio Jornal, Jungmann afirmou que "decisão judicial se cumpre".

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