As relações econômicas entre Brasil e Estados Unidos e questões envolvendo Cuba e Venezuela dominaram a conversa entre o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) e o assessor de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, na manhã desta quinta-feira (29). Bolsonaro e Bolton tiveram encontro de uma hora na casa do presidente eleito, na Barra da Tijuca, bairro da zona oeste do Rio.
"Disse a ele (John Bolton) que vamos conduzir a equipe econômica no sentido de facilitar nosso comércio com os Estados Unidos e com os outros, mas sem prejudicar nossa economia, obviamente", afirmou Bolsonaro, logo após participar de evento na Vila Militar, na zona norte do Rio. "Tratamos da questão das barreiras, das dificuldades alfandegárias."
O presidente eleito classificou o encontro como "muito bom", e que serviu para aproximar os dois países. Bolsonaro declarou que pretende visitar os Estados Unidos nos primeiros meses de mandato, mas antes deverá ir à Argentina, Paraguai e Chile.
A vinda de Donald Trump para a cerimônia de posse não está descartada, mas Jair Bolsonaro classificou o primeiro dia de 2019, quando ocorre a posse, uma "data ingrata".
Questões envolvendo Cuba e Venezuela também foram tratadas com John Bolton. "Venezuela é uma questão que vem lá de trás, temos que buscar soluções", comentou Bolsonaro.
Segundo o futuro presidente, "pela cláusula democrática a Venezuela nem poderia ter entrado no Mercosul". Bolsonaro prometeu que a diplomacia brasileira "vai agir" em relação ao país vizinho. "Faremos o possível por vias legais, porque nós sentimos os reflexos da ditadura que se instalou na Venezuela", declarou.