O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou na tarde desta terça-feira (2), que o governo brasileiro mantém a aproximação com a China, principal parceiro comercial do País. "Em relação ao governo Bolsonaro, as manifestações recentes do presidente foram todas positivas e construtivas. Sou testemunha disso. Não falo em nome do governo, mas conversei com o presidente Bolsonaro em relação a isso. Isso evita qualquer mal-entendido que no passado possa vir a ter ocorrido", comentou o governador, em coletiva de imprensa com o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming.
Yang ressaltou que o Brasil tem "grande complementariedade" com a China e ressaltou como positivo o encontro que teve com Bolsonaro no início de março.
Desestatização
O governador de São Paulo negou que vá dar prioridade à China no processo de desestatização que ele pretende fazer no Estado.
Em coletiva sobre a abertura de um escritório comercial paulista em Xangai, em agosto, Doria disse que as parcerias entre a China e o Estado serão incrementadas pelo processo de desestatização. O órgão será responsável por promover as privatizações e ampliar a parceria em áreas estratégicas.
Questionado sobre se a China teria alguma vantagem no processo de compra de ativos do Estado, Doria reagiu. "Não haverá prioridade para a China. Haverá oportunidade", afirmou.
Ele reafirmou, no entanto, que empresas da China já têm conversado com o governo paulista sobre a desestatização. "Nós não vamos esperar até agosto", comentou.
O governador de São Paulo afirmou que o ministro de Infraestrutura, Tarcisio Gomes de Freitas, disse a ele que privatização do Porto de Santos vai entrar na pauta do governo no segundo semestre deste ano.
Questionado sobre qual era a opinião dele em relação a essa privatização, o tucano foi enfático. "Em São Paulo, somos amplamente favoráveis à privatização do Porto de Santos. Ele precisa ter condições tecnológicas no padrão mundial, e ele não está no padrão mundial", afirmou.
Doria reafirmou também que o Porto de Santos vai ser privatizado "Ele está dentro do nosso programa", disse.