O vice-presidente Hamilton Mourão reiterou, nesta segunda-feira (8) em Washington, que não é partidário de uma intervenção militar para solucionar a crise na Venezuela.
"Nenhum dos nossos países irá intervir militarmente na Venezuela, a intervenção já está sendo feita e é política e econômica", disse Mourão em uma coletiva de imprensa depois de se reunir com o vice-presidente americano, Mike Pence.
Para Mourão "é uma tarefa das Forças Armadas da Venezuela fazer um trabalho de neutralização" dos chamados coletivos que apoiam o chavismo, para que então "se possa chegar a uma solução acordada para a saída" do presidente Nicolás Maduro.
"Os componentes desses coletivos são criminosos que saíram das prisões e receberam armas", disse Mourão, em referência a grupos chavistas que a oposição venezuelana denuncia que agem armados.
Para o vice-presidente, a missão constitucional das Forças Armadas da Venezuela é manter a ordem no país.
"Se a ordem está sabotada é responsabilidade deles controlar estes coletivos", disse.
Os Estados Unidos e mais de 50 países promovem a saída do poder de Maduro, cuja reeleição consideram fraudulenta, e reconhecem como presidente interino o opositor Juan Guaidó.