Bolsonaro falará nesta sexta-feira em rede nacional sobre queimadas na Amazônia

A ideia é que ele tente controlar a narrativa sobre o episódio
Estadão Conteúdo
Publicado em 23/08/2019 às 16:37
A ideia é que ele tente controlar a narrativa sobre o episódio Foto: Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil


O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), falará na noite desta sexta-feira, às 20h30, em cadeia nacional de rádio e televisão sobre as queimadas na Amazônia e a política ambiental do governo, que tem sido alvo de críticas no Brasil e no exterior. A ideia é que ele tente controlar a narrativa sobre o episódio.

A confirmação veio durante a tarde, pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom). Segundo a nota da Secom, "o presidente anunciará medidas do Governo Federal que já estão sendo adotadas para combater as queimadas e controlar o desmatamento na Amazônia". De acordo com o Planalto, a decisão do pronunciamento foi tomada durante reunião ministerial nesta tarde.

Após repercussão negativa sobre declarações polêmicas nas quais acusou Organizações Não Governamentais (ONGs) de serem as principais suspeitas pelos incêndios criminosos na Amazônia, o presidente evitou falas de improviso e o contato direto com a imprensa na manhã desta sexta-feira, 23.

Bolsonaro, que criou o hábito de conversar com jornalistas quase diariamente na saída do Palácio da Alvorada, disse que não poderia falar nesta sexta-feira, com a justificativa de que não tinha tempo.

As breves declarações foram feitas à distância, enquanto ele cumprimentava apoiadores e entrava no carro.

A Secretaria Especial da Comunicação (Secom) também montou um esquema de segurança para evitar o contato de Bolsonaro com jornalistas na cerimônia do Dia do Soldado, no Quartel General do Exército. A Secom vetou a presença da imprensa na visita do presidente a uma exposição no local.

Reunião

O presidente se reúne com ministros na tarde desta sexta para discutir a situação na região amazônica, com a possibilidade de acionar tropas do Exército para auxiliar nas operações, o que ocorreria por meio de uma operação de Garantia de Lei e da Ordem (GLO).

Estão previstos no encontro os ministros da Defesa, Fernando Azevedo, de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e da Secretaria-Geral, Jorge Antonio de Oliveira.

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