A cirurgia do presidente Jair Bolsonaro foi muito bem-sucedida e durou cerca de cinco horas, informou neste domingo o médico responsável pelo procedimento, Antônio Macedo. A cirurgia, que ocorreu no Hospital Vila Nova Star, na Capital, começou às 7h35 e terminou às 12h40. Macedo disse que Bolsonaro está "muito bem clinicamente".
A estimativa inicial era que a cirurgia durasse entre duas a três horas. Questionado na coletiva que concedeu, ao lado do porta-voz da Presidência da República, general Otávio Rêgo Barros, Macedo negou complicações durante o procedimento. "A gente fala que vai durar duas horas. Mas vai durar o que é necessário. Se precisar durar quatro, que demore. O importante é ficar bem feito. Tem de ter muito cuidado para não machucar o intestino de forma alguma", explicou, destacando que o tempo maior foi por causa de uma aderência do intestino.
Ainda de acordo com o médico, a chance de a hérnia voltar é pequena. "Elas tem índice de reincidir, mas essa probabilidade não é superior a 6%. A chance é muito pequena. O tecido está bem mais musculoso e mais forte, é de imaginar que não vai haver reincidência, mas é sempre possível", disse.
O médico acrescentou que Bolsonaro ficará no hospital durante cinco a seis dias e poderá viajar entre uma semana e 10 dias. A alimentação inicial será apenas de líquidos.
Na coletiva, que durou cerca de dez minutos, Rêgo Barros disse que o vice-presidente, general Hamilton Mourão assumirá o exercício da presidência desde este domingo, pelo prazo de cinco dias. Ele destacou, entretanto, que a retomada dos despachos por Bolsonaro do hospital vai depender da sua recuperação e que o prazo de cinco dias é um protocolo legal.
Poucos minutos antes da coletiva, o hospital divulgou um boletim para informar a situação do presidente, confirmada depois na coletiva. "O procedimento foi bem-sucedido, realizado pelo cirurgião-chefe Antônio Luiz de Vasconcellos Macedo e sua equipe A técnica utilizada foi a "herniografia incisional com implantação de tela", explicou. Bolsonaro fará sua recuperação no apartamento e, por orientação médica, estará com visitas restritas.
O presidente passou pela quarta intervenção cirúrgica após a facada que sofreu há um ano, em Juiz de Fora (MG), durante um ato da sua campanha presidencial. A nova cirurgia foi para corrigir uma hérnia incisional (saliência de tecido) surgida no local das intervenções anteriores.
Três filhos do presidente estão no hospital para acompanhá-lo. O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) chegou por volta das 9h30 ao hospital. O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) chegou mais cedo, enquanto o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), veio ontem, 07, com a comitiva do presidente, assim como a primeira-dama Michelle. A família do presidente assistiu a intervenção, informou Macedo, de uma sala espelhada ao lado da que foi feita a cirurgia.