Ministra Damares convoca a imprensa para coletiva, mas não responde nenhuma pergunta e se retira

Pouco tempo depois, a assessoria de Damares explicou o porquê da encenação
JC Online
Publicado em 25/11/2019 às 18:10
Pouco tempo depois, a assessoria de Damares explicou o porquê da encenação Foto: Foto: Reprodução/UOL


A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, convocou a imprensa nesta segunda-feira (25) no Palácio do Planalto. O que ninguém esperava era a reação dela. Quando chegou ao local, a ministra mostrou um semblante aparentemente abalado e, simplesmente, abandonou os jornalistas sem responder, pelo menos, uma pergunta.

Depois de uma hora, a assessoria de imprensa de Damares Alves informou o intuito dela em tomar tal atitude. “O objetivo era mostrar como o silêncio da mulher incomoda”, divulgou a assessoria que completou dizendo que, “Se uma mulher perde a voz, todas mentem”.

A entrevista estava marcada para acontecer às 15h, mas Damares chegou às 15h25 sem responder os cumprimentos e não falou mais nada. Na coletiva, os jornalistas começaram a questioná-la sobre a solenidade em referência ao Dia do Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, que é celebrado nesta segunda-feira (25), promovida no Palácio do Planalto, mas a ministra não respondeu. Quando foi questionada se estava emocionada, ela também ficou em silêncio. Em seguida, fez sinal de gesto para terminar a entrevista e se retirou do local.

Damares discursa por 23 minutos

Damares fez um discurso bastante enérgico sobre o enfrentamento do governo à violência contra a mulher. Quando se dirigiu ao púlpito, a ministra foi chamada de “mita” pela plateia formada, majoritariamente, por apoiadoras do governo. O apelido faz referência ao que é dado ao presidente Bolsonaro (sem partido) por seus fãs.

No discurso que durou cerca de 23 minutos, Damares falou sobre as iniciativas do governo na proteção a mulher. A ministra afirmou que dois navios serão pintados de rosa na Amazônia para funcionarem como “Casas da Mulher Brasileira” itinerantes e vai transformar todas as delegacias do país em “delegacias da mulher” por meio de uma capacitação de delegados. “Nem que seja uma salinha pequenininha”, explicou Damares.

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