Igor Maciel, da coluna Pinga Fogo*
Com o título “Oxe”, a Coluna do Estadão trouxe informações sobre um fato que já vinha sendo percebido por aqui. Bolsonaro será, sim, um grande eleitor no Nordeste. A coluna explica que algumas pesquisas mostram crescimento expressivo de candidatos quando se informa ao entrevistado a possibilidade de ele ser apoiado pelo atual presidente. Não é algo aleatório e, nem mesmo deveria ser surpresa. Basta usar a matemática e a lógica. A coluna Pinga-Fogo, do JC, trouxe alguns números e levantou esta questão no dia 22 de janeiro.
É que em 2018, Bolsonaro foi derrotado no Recife, só no segundo turno. Mas essa derrota aconteceu com a marca impressionante de 436 mil votos dos eleitores da capital. Não é pouco. Nas últimas eleições municipais, com um pouco mais que isso Geraldo Júlio (PSB) foi eleito em segundo turno. Nessa mesma disputa, João Paulo, na época pelo PT, passou do primeiro para o segundo turno com 207 mil votos, menos que a metade do que foi alcançado por Bolsonaro em 2018.
É claro que é possível argumentar sobre a queda na avaliação de Bolsonaro pelo desgaste do Governo Federal nos últimos meses. Mas ele está longe de ser mal avaliado como Dilma (PT) e Temer (MDB) chegaram a ser e ainda assim, pegue a queda de aprovação de Bolsonaro, cruze com a votação alcançada por ele em 2018 e você ainda verá algo em torno de 300 mil votos. É muito!
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Entre os candidatos colocados até o momento na eleição do Recife, o Estadão se baseia em pesquisas dos partidos que apontam João Campos (PSB), Mendonça Filho (DEM) e Marília Arraes (PT) nas primeiras colocações, mas bem próximos entre eles. A coluna destaca ainda que, hoje, entre esses nomes, o que se sobressai para o apoio do presidente é o de Mendonça que, se não é o mais querido entre os bolsonaristas, é o que tem mais chances junto aos eleitores.
E o PSB, que já vê o PT deixando a base como algo quase certo, terá que encontrar uma outra estratégia, já que colocar a culpa de tudo que acontece no Recife em Bolsonaro não parece estar funcionando. Fora que, a tentativa de ligar a eleição do Recife à polarização nacional acabou fortalecendo o discurso de Lula e do PT, ao invés dos próprios socialistas.