Segundo a colunista do jornal Folha de S.Paulo, Mônica Bergamo, a Polícia Federal enviou a informação de que uma célula terrorista pode estar preparando "agressões" contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Por conta disso, o presidente do tribunal, Dia Toffoli, encaminhou aos magistrados da corte um ofício sigiloso comunicando sobre a situação.
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A PF repassou inicialmente a informação para o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito que investiga ataques ao STF. Ele encaminhou para Toffoli, que, diante da gravidade do alerta, recomendou cuidado aos ministros com reforço de segurança pessoal nas atividades cotidianas.
Os supostos terroristas teriam dito que os ministros mantêm uma rotina que facilita o contato físico e visual. A mensagem teria sido captada em janeiro deste ano.
Em 2019, Toffoli anunciou a abertura de um inquérito para investigar a existência de fake news, ameaças e denunciações caluniosas, difamantes e injuriantes que atingem a honra e a segurança dos membros da corte e seus familiares.
O anúncio causou descontentamento no Congresso e no Ministério Público. Podem ser alvo parlamentares e procuradores que, no entendimento dos ministros, tenham levado a população a ficar contra o tribunal.
A medida tem enfrentado críticas dentro da própria corte. O ministro Marco Aurélio, por exemplo, defende que a apuração seja encaminhada ao Ministério Público, uma vez que a competência do Supremo é julgar, não acusar. A ideia também é defendida por Luiz Fux.