Oito meses depois de o Ministério da Integração Nacional retomar a responsabilidade da construção do Ramal do Agreste, a presidente Dilma Rousseff (PT) deu o primeiro passo para o início do empreendimento. Na passagem por Serra Talhada, no Sertão do Pajeú, a presidente anunciou o lançamento do edital de licitação da obra, que deverá ser publicado hoje. A previsão inicial de investimento é de R$ 1,3 bilhão.
A obra vai beneficiar 63 municípios, o que deve atingir pelo menos dois milhões de pernambucanos. O Ramal do Agreste vai transportar água que será captada do eixo Leste da Transposição do Rio São Francisco, nas intermediações do município de Sertânia. A água será levada até Arcoverde, onde deverá ficar concentrada no Reservatório do Ipojuca.
O projeto de construção do Ramal do Agreste inclui duas barragens, seis túneis com 16 quilômetros de extensão, obras viárias para o acesso aos canais e uma adutora com mais de sete quilômetros de extensão. No total, são 71 quilômetros. No ano passado, a obra, que estava sob a responsabilidade do governo estadual, foi repassada ao Ministério da Integração para dar mais celeridade ao projeto.
ORDEM DE SERVIÇO
Além do lançamento do edital, Dilma assinou, ontem, a ordem de serviço para a construção da segunda etapa da Adutora do Pajeú. O projeto vai beneficiar 14 cidades pernambucanas, além do distrito de Tupanaci, em Mirandiba, e sete municípios da Paraíba.
Atualmente, a primeira etapa contempla seis cidades e um distrito. Para a segunda etapa, serão investidos R$ 280 milhões. A previsão da conclusão da obra é de 24 meses, segundo o Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs).