PSB com dificuldades para enfrentar Guilherme Uchoa

Partido não apresentou nenhum nome para disputar a presidência da Alepe e deve apoiar o atual presidente
Jumariana Oliveira
Publicado em 20/01/2015 às 8:30
Partido não apresentou nenhum nome para disputar a presidência da Alepe e deve apoiar o atual presidente Foto: Hesíodo Góes / JC Imagens


Apesar de ter a maior bancada na Assembleia Legislativa e possuir o comando do Executivo estadual, o PSB - que tem 15 deputados - não está conseguindo emplacar um nome para disputar a presidência da Casa de Joaquim Nabuco e enfrentar a força do atual presidente, o deputado estadual Guilherme Uchoa (PDT). Por conta disso, o partido deverá apoiar a reeleição do pedetista, mesmo que o movimento contrarie o discurso da nova política propagado pelos socialistas durante a eleição. O apoio à reeleição de Uchoa deixa o PSB numa situação mais confortável, pois isso evitaria atritos com o deputado. 

O partido se reuniu na tarde ontem para tratar sobre o assunto. No entanto, saiu sem apresentar uma solução concreta para a disputa pela mesa diretora da Assembleia. Nos bastidores, alguns deputados já admitem que a legenda “perdeu o time” e por isso não tem mais condições de apresentar um nome competitivo. Além da incerteza do PSB, que não admite publicamente o apoio ao atual presidente, os movimentos de Uchoa tem fortalecido ainda mais o seu nome. O último deles foi o episódio com o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PE), Pedro Henrique Reynaldo Alves. 

Uchoa rebateu as acusações feitas pelo presidente da OAB, que acusou a maioria dos deputados de receber vantagens indevidas. Na ocasião, Uchoa saiu em defesa dos colegas da Casa de Joaquim Nabuco. O entendimento da maioria do legislativo é de que o deputado é o único com condições de defender o Poder, já enfraquecido nos últimos anos. 

Depois de duas horas de reunião com 11 deputados do PSB, o presidente da legenda, Sileno Guedes, disse que o partido vai evitar confrontos na disputa pela presidência. Apesar de não falar abertamente, a posição já indica o apoio à reeleição de Uchoa, já que o presidente não dá indicativos de que vai desistir da disputa. "Guilherme é da base aliada e a gente não está buscando confronto. Temos uma decisão no PSB, que é a de manter a unidade. E a outra é de não ter confronto", disse. 

Também pesa o fato de Uchoa ter sido um aliado incontestável na gestão de Eduardo Campos no últimos oito anos. Segundo Sileno, é importante manter uma relação estável com o legislativo na gestão do governador Paulo Câmara. “A Assembleia foi uma parceira importante de todos os avanços que Eduardo conseguiu implementar no Estado e Paulo espera esse mesmo comportamento e com certeza terá nesses próximos quatro anos”, disse.

Sileno vai ter mais uma conversa com Guilherme Uchoa e com deputados do PSB antes da eleição, que ocorre no dia 02 de fevereiro. 

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