Familiares do ex-deputado federal Pedro Corrêa, condenado no Mensalão, não estão satisfeitos com a condução do processo por parte do juiz da 1º Vara de Execuções Penais (VEP), Luiz Rocha. Primo do ex-deputado, o desembargador aposentado Clóvis Corrêa alega que o juiz deveria deixar o caso porque o magistrado demonstra interesse no processo. Os advogados de Corrêa já pediram a suspeição do juiz na Corregedoria do Tribunal de Justiça de Pernambuco. No último domingo, o Fantástico divulgou uma matéria que mostra possíveis regalias de Pedro Corrêa no presídio de Canhotinho, onde cumpre pena há um ano.
Clóvis Corrêa disse que o processo chegou a ser repassado para o juiz Élson Zopellaro Machado quando a 1º VEP recebeu reforços de novos juízes em janeiro. No entanto, segundo Corrêa, Luiz Rocha não quis repassar o processo. O caso está tramitando no Supremo Tribunal Federal (STF) . O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, se manifestou favoravelmente à permanência de Luiz Rocha no caso.
“Um juiz não pode ter interesse no caso. Esse caso já estava com outro juiz e mesmo assim ele não aceita. Esse é um papel ridículo. O juiz não pode querer se promover”, disse Clóvis. Ele ainda afirmou que o juiz teria problemas pessoais com o advogado de Pedro, Plínio Nunes.
Luiz Rocha, por sua vez, destacou as posições do STF e da Procuradoria Geral da República. No início do mês, o ministro Roberto Barroso suspendeu a transferência do processo para outra vara. Já a procuradoria, opinou pelo indeferimento dos pedidos de Corrêa, alegando que não há provas que indiquem a suspeição do juiz.