Após o segundo protesto "Fora, Dilma" realizado em várias capitais do Brasil, o líder da minoria na Câmara Federal, deputado Bruno Araújo (PSDB), defende que o PSDB formalize um pedido oficial de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).
Ele acredita que o pedido vai acontecer mais cedo ou mais tarde, visto o atual ambiente de insatisfação da grande maioria da população com a atual gestão. "Pesquisas identificaram isso: 63% da população, segundo datafolha, querem o impeachment. Há ambiente externo e também interno, no Congresso, para isso", diz.
O tucano tratou essa opinião como uma posição pessoal e não de bancada ou partidária. "Mas vou defender isso no partido. O debate está iniciado. Mas essa é uma discussão que vai passar pelos deputados, senadores, governadores e, obviamente, pelo presidente nacional", afirma.
No dia 11 de março, na véspera do grande protesto "Fora, Dilma" que aconteceu dia 15, o presidente nacional do PSDB, o senador Aécio Neves, declarou ser contra o "impeachment", frisando que a questão não estava na "agenda do PSDB".
Bruno Araújo evitou se aprofundar sobre se essa seria a "melhor saída" para o atual clima de instabilidade política e econômica pelo qual passa o Brasil, uma vez que, com o impeachment da presidente, quem assumiria a presidência da República seria o seu vice, Michel Temer (PMDB). "O movimento não é escolher quem vai ser o presidente. Se deve ou não ser o Michel Temer. É algo constitucional. Ele dialoga melhor? Até possível que sim. Sou partidário dele? Não. Não se pensou que seria Itamar o presidente quando houve o movimento pelo impeachment de Collor", conclui.