Líder do MST critica delação, mas nega retaliação a Pedro Corrêa

Fazenda Nova Esperança, do ex-deputado, foi ocupada pelo MST após delação premiada que teria citado Lula e Dilma
Do JC Online
Publicado em 28/09/2015 às 9:35
Fazenda Nova Esperança, do ex-deputado, foi ocupada pelo MST após delação premiada que teria citado Lula e Dilma Foto: Foto: reprodução/Blog de Jamildo


O líder do MST (Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra) em Pernambuco, Jaime Amorim, negou na manhã desta segunda-feira (28), em entrevista à Rádio Jornal, que a ocupação da Fazenda Nova Esperança, em Brejo da Madre de Deus, de propriedade do ex-deputado federal Pedro Corrêa (PP) seja uma retaliação contra o acordo de delação premiada feito pelo ex-parlamentar com a força tarefa da Operação Lava Jato. Segundo a revista Veja, Pedro Corrêa teria citado o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff, ambos do PT, nas declarações.

"Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Apesar de que nós pessoalmente discordamos do fato de ele ter aceitado a delação premiada. Todo delator é um traidor. E o país não pode ficar submisso a um traidor. Mas na ocupação não tem nada a ver. A ocupação é porque a fazenda é improdutiva, é uma grande propriedade, e os trabalhadores já estão há meses sinalizando para ocupar a Fazenda Esperança", afirmou Amorim.

"Seria muita ingenuidade. Nós não teríamos capacidade de mobilizar de um dia para o outro. Aliás, até a ocupação foi realizada, na prática, antes de a revista chegar nas bancas. A Fazenda foi ocupada porque é uma grande propriedade de 2 mil hectares", disse o líder do MST.

Hoje, o MST tem 164 acampamentos em Pernambuco e quase 16 mil famílias em 225 assentamentos. A Fazenda Nova Esperança fica próxima à Fazenda Velha, em Nova Jerusalém. A ocupação foi noticiada pelo Blog de Jamildo.

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