Dos atuais 25 deputados federais de Pernambuco, nove estrearam no posto ano passado. Alguns desses novatos conseguiram estar no centro das principais discussões políticas do País enquanto outros tiveram atuações mais modestas na participação em comissões, apresentação de projetos de lei ou frequência nas sessões deliberativas. Em comum a todos, a tentativa de deixar uma marca em meio aos 513 parlamentares que integram a Câmara dos Deputados.
No total, os novatos pernambucanos foram responsáveis por apresentar 54 projetos de lei (PLs). Kaio Maniçoba (PHS) foi o que mais apresentou PLs entre os estreantes: 16 no total. Já Ricardo Teobaldo (PMB) e Zeca Cavalcanti (PTB) contribuíram com dois projetos de lei cada.
HOLOFOTES - O ambiente conturbado da política nacional favoreceu alguns estreantes, a exemplo de Betinho Gomes. Ele teve a chance de integrar o Conselho de Ética, que ganhou notoriedade com as investigações sobre o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). “Consegui ocupar espaço um importante”, diz.
Quem ficou em evidência em sua estreia em Brasília foi Kaio Maniçoba, alçado ao posto de 3º vice-presidente da CPI da Petrobras. “Isso causou um pouco de ciumeira de veteranos que não conseguiram esse destaque”, pontua.
Novato na Câmara dos Deputados, mas com a experiência de quem foi Procurador-Geral do Estado e secretário estadual da Casa Civil, Tadeu Alencar acredita que a estreia em Brasília foi proveitosa. “Consegui participar dos debates que considero relavante, como o da reforma política e da maioridade penal”, afirma.
ASSIDUIDADE - No quesito assiduidade, Daniel Coelho foi o melhor entre os estreantes com presença em 124 das 125 sessões deliberativas de acordo com o site da Câmara dos Deputados. Já Adalberto Cavalcanti (PMB) levou falta em 50 sessões e a maioria das ausências foi justificada por “licença para tratamento de saúde”.