Ajuste de Dilma não difere do de FHC, diz presidente da CUT-PE

CUT e PT são contra a reforma da Previdência, defendida pela presidente Dilma Rousseff
Edson Mota
Publicado em 21/02/2016 às 7:01
CUT e PT são contra a reforma da Previdência, defendida pela presidente Dilma Rousseff Foto: Foto: Renato Mota/Jornal do Commercio


“O ajuste fiscal proposto pelo governo Dilma não difere dos reajustes sugeridos pelo governo FHC (1995-2002). Não há qualquer diferença entre os dois”. Foram com essas palavras que o presidente estadual da CUT (um dos principais grupos sindicais ligados ao PT), Carlos Veras, criticou as medidas sugeridas pela União para solucionar a crise econômica, como a reforma da Previdência e o retorno da CPMF. Segundo Veras, há uma razão para a repentina mudança de posição do senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, sobre o assunto. “O partido, agora, quer votar a favor do ajuste fiscal porque sempre foi algo do interesse deles realizá-lo”, afirmou.

Sobre a reforma previdenciária, o presidente estadual da CUT acredita que a discussão ainda não cabe no momento. “É preciso que tenha uma mudança interna para que o trabalhador não seja tão prejudicado. Até vejo que o governo federal está com uma boa intenção, mas, quando levá-la ao Congresso Nacional, as emendas apresentadas poderão distorcê-las. A reforma – e a CPMF – não irão, sozinhas, resolver a crise econômica. O ambiente político no Brasil não dá condições de mexer na Previdência”, analisou.

Já o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PT), afirmou recentemente no site da Agência Brasil que não se mostra otimista no que diz respeito à aprovação da CPMF.Segundo ele, a bancada governista não teria votos suficientes para a aprovação da matéria. “A bancada absorve razoavelmente bem. Outras bancadas (a base aliada) é que têm mais dificuldade, e eu hoje diria que não temos votos para aprovar a matéria”, ressaltou o petista.

Na ocasião, o senador pernambucano salientou ainda que o apoio à proposta da reforma Previdenciária dependeria da forma como o governo iria tratar do assunto. “Depende de qual é a reforma e de quando ela vai passar a valer. O que nós estamos advogando é que qualquer decisão que o governo tome, seja resultado de uma ampla discussão do Fórum sobre a Previdência Social e também com a sua base aqui no Congresso”, afirmou.

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