Após encontro de dirigentes do PSB com Temer, crescem rumores de Fernando Filho como futuro ministro

Socialistas negam, mas costuras políticas nesse sentido têm aumentado
Franco Benites
Publicado em 04/05/2016 às 6:00
Socialistas negam, mas costuras políticas nesse sentido têm aumentado Foto: Acervo JC Imagem


Dirigentes nacionais do PSB, entre eles o governador Paulo Câmara e o prefeito Geraldo Julio, reuniram-se ontem em Brasília para discutir os rumos da legenda em um possível governo Michel Temer (PMDB). A decisão oficial ficou para ser publicada na próxima terça-feira e de concreto apenas a divulgação de uma carta com propostas dos socialistas para tirar o Brasil da crise. O documento foi entregue ao peemedebista  pelo  presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, e pelos líderes do partido do na Câmara Federal, Fernando Filho, e no Senado, Antônio Carlos Valadares (SE).

Após a audiência com Temer, Carlos Siqueira negou que o PSB já tenha um nome para oferecer ao vice-presidente formar seu ministério caso se confirme o afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT). “Não fizemos absolutamente nenhuma reivindicação de cargos”, afirmou, para em seguida complementar que   “o  PSB oportunamente vai examinar a proposta que lhe for feita”.

Embora a decisão do PSB sobre a participação em um ministério só seja divulgada na terça, comenta-se, em Brasília, que Temer tem pressionados as legendas a indicarem nomes até o fim de semana. Também cresceram nos últimos dias as apostas de o PSB ocupará um eventual ministério  com Fernando Filho. O pernambucano iria para a pasta de Integração Nacional, a mesma que já foi ocupada pelo pai, o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), no governo Dilma. Ao JC, Fernando Filho negou que a participação no governo federal esteja garantida com a ascenção do vice-presidente.

A ida de Fernando Filho para o ministério da Integração reprsentará uma derrota política de Paulo e Geraldo dentro do PSB uma vez que eles são contra a movimentação pró-ministério. O governador e o prefeito têm o apoio de outros socialistas do Estado. A leitura desse grupo contrário à vinculação direta do partido com Temer é que a sigla sairá perdendo por fazer parte de uma gestão repleta de “vícios”.

PROPOSTAS - No documento entregue a Temer ontem, o PSB externa que é preciso um “governo de união nacional” para salvar o Brasil. “Há dez pontos que estão mencionados no documento. Diferentemente do governo Dilma, que fez uma opção para valorizar de modo excessivo o lucro do sistema financeiro, nosso partido propõe que o rumo  do governo seja para valorizar a produção, o trabalho e o emprego”, disse Siqueira.

O PSB também pede a Temer atenção a um “novo federalismo”, à reforma tributária, à manutenção das conquistas sociais e ao estímulo do debate sobre o parlamentarismo

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