Operação Turbulência

Pedido de federalização do Caso Morato é recebido pela PGR

Documentação deve chegar às mãos de Rodrigo Janot até a próxima segunda-feira

JC Online
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Publicado em 01/07/2016 às 21:38
Foto: José Cruz / Agência Brasil
Documentação deve chegar às mãos de Rodrigo Janot até a próxima segunda-feira - FOTO: Foto: José Cruz / Agência Brasil
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O pedido de federalização da investigação da morte do empresário Paulo César Morato, feito pelo deputado estadual Edilson Silva (PSOL), foi recebido nesta sexta-feira (1º) pela Procuradoria Geral da República (PGR). De acordo com o órgão, a assessoria do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ainda não recebeu a documentação, mas isso deve ocorrer até a próxima segunda-feira (4).

Janot não tem prazo para concluir a análise, mas, caso julgue necessário, encaminhará o caso para o Supremo Tribunal de Justiça (STJ), que dará a palavra final sobre a solicitação.

Hoje, Edilson Silva divulgou uma nota em que reforça a sua posição pela federalização do Caso Morato. No texto, o parlamentar diz que o pedido se justifica pela “ingerência política do governo e a consequente ausência de autonomia funcional da Polícia Científica, que deveria estar vinculada à Polícia Civil, mas em Pernambuco é subordinada ao gabinete do secretário de Defesa Social”.

No documento, o parlamentar atribui a esta “ingerência” os descompassos percebidos ao longo das investigações e cita que perícias complementares que poderiam ajudar a elucidar o caso foram ignoradas. “O laudo que confirmou a morte por envenenamento via pesticida, mais conhecido como chumbinho, por si só não é esclarecedor. Ficaram prejudicadas as perícias complementares que ajudariam a montar o quebra-cabeça da cena do fato, perícias que foram suspensas por ordens diretas da SDS à equipe de peritos”, cravou.

Por telefone, Edilson afirmou que o governo do Estado não tem interesse no esclarecimento do fato e que mantém o interesse de buscar apoio junto à bancada federal do PSOL para tentar sensibilizar Rodrigo Janot. “O Morato integrava um esquema de corrupção montado pelo PSB, partido do governador, do prefeito do Recife e do ex-governador Eduardo Campos. Pretendo conversar segunda-feira com o procurador-geral da República para tentar sensibilizá-lo em relação ao caso”, disse.

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