Os advogados responsáveis pela defesa dos empresários Apolo Santana Vieira, Arthur Roberto Lapa Rosal, João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho e Eduardo Freire Bezerra Leite também afirmaram que nada mudou em relação aos réus. No momento, eles se encontram presos no Centro de Triagem de Abreu e Lima e sem previsão de sair, já que três deles tiveram os pedidos de habeas corpus negados (desses, só Arthur Rosal não solicitou habeas corpus). Por enquanto, eles seguem esperando por um desfecho sobre o caso.
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O advogado de “Tuta” Rosal, por sinal, ratificou que a situação sobre o seu cliente segue indefinida. “No momento, estou aguardando a conclusão de tudo isso”, disse Rivadávia Brayner.
Semelhante coisa disse Ademar Rigueira, que cuida do caso de Apolo Vieira. Ele, no entanto, faz críticas sobre o caso e afirma que recorrerá da decisão do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5), que negou a liberdade aos réus.
“Iremos entrar com um recurso de habeas corpus no Supremo Tribunal de Justiça (STJ). Tudo porque motivo não há para a permanência do meu cliente na prisão. Isso é claro”, disse Ademar Rigueira.
Questionado sobre a afirmação do criminalista Nabor Bulhões, que disse na semana passada ao JC que o “Judiciário abusa, extrapola os limites da sua atuação instituicional para adotar medidas de defesa que não estão no sistema”, como a delação premiada, Rigueira não refuta a tese de um dos defensores de João Carlos Lyra, mas diz que também não deve ser descartada.
“Eu não tenho como afirmar que, neste caso específico, a Justiça quer forçar uma delação premiada do meu cliente. Entretanto, é sabido que tem sido uma prática recorrente na Operação Lava Jato. O próprio Sérgio Moro (juiz federal responsável pelas investigações do caso) admite isso abertamente. É lógico que, como se tem uma prisão como essa, se pressupõe isso”, relatou.
O outro advogado que também está defendendo João Carlos Lyra - além de Eduardo Leite -, Maurício Leite, não foi encontrado para comentar sobre os seus clientes. (EM)