Críticas e elogios na primeira caminhada de Geraldo Julio no Morro da Conceição

Ladeado por candidatos a vereador (com e sem mandato), secretários estaduais e municipais, o prefeito-candidato Geraldo Julio (PSB) fez nesta sexta (26) a primeira caminhada da campanha no Morro da Conceição, bairro com pouco mais de 10 mil moradores. O ato demorou pouco mais de uma hora e meia e estava repleto de cabos eleitorais dos vereadores.

No trajeto, o socialista seguiu a liturgia de campanha - entrou em casas, falou com moradores, cumprimentou o padre da paróquia de Nossa Senhora da Conceição, ouviu críticas e elogios dos moradores.

Em frente à igreja, o candidato subiu ao lado do vice, Luciano Siqueira (PCdoB), no tradicional caixote do PSB, a "tribuna 40", largamente utilizado pelo ex-governador Eduardo Campos (PSB) nas campanhas.

No discurso, o candidato a vice-prefeito pediu engajamento e destacou que “nunca na história do Recife se fez tanto em tão pouco tempo”. Luciano foi vice-prefeito de João Paulo, também candidato a prefeito do Recife, por dois mandatos.

Já o prefeito Geraldo Julio se comprometeu a “visitar todas as casas do Recife”. “Quero dizer a vocês que esse evento marca o início de uma caminhada que vai alcançar todas as ruas do Recife e vai encontrar cada um dos recifenses. Viemos aqui dizer hoje  que a Frente Popular está unida e tem a força junto com todas as lideranças políticas. Tenho certeza que no dia 2 de outubro vamos comemorar a vitória de muitos vereadores”, afirmou o candidato, que tem hoje maioria governista na Câmara dos Vereadores. 

Carros de som patrocinados pelos candidatos a vereador e grupos de jovens que integram a equipe dos postulantes animaram a caminhada.

CRÍTICAS E ELOGIOS

Ao longo do trajeto, Geraldo cruzou com muitos moradores e uma delas, a ambulante Josileide Francisca Sampaio, 41 anos, queixou-se da falta de emprego. 

“Ele está tirando os ambulantes da rua, que é o local do ganha pão. A gente trabalha aqui na festa do Morro e para colocar um espacinho de 1,20m tem que pagar R$ 170 à prefeitura. A gente não quer só UPA, não. Eu quero emprego”, disse, minutos depois do prefeito tê-la cumprimentado.  

Ao fim do evento, Geraldo comentou a crítica  e destacou que o reordenamento foi uma ação tomada pela prefeitura, porque a festa do morro estava ficando inviabilizada. 

“Os romeiros não conseguiam nem chegar aqui em cima. A gente fez todo um trabalho de organização junto à paróquia, junto com a comunidade”, afirmou. “Provavelmente, a atividade que ela estava fazendo era irregular, mas não posso dizer, porque não conheço, mas o controle urbano daqui é motivo de elogio de toda comunidade”, emendou o candidato.  Em 2013, a prefeitura reduziu o número comerciantes trabalhando na Festa do Morro na tentativa de facilitar a mobilidade do evento.