Geraldo Julio conclui 35% das promessas e outras 36,7% estão em andamento, de acordo com levantamento do JC

Segundo Prefeitura, 80% do plano de governo foi cumprido, mas levantamento do JC mostra que 35% das ações foram concluídas e outros 36,6% estão em andamento
Marcela Balbino
Publicado em 18/09/2016 às 11:27
Foto: Foto: Diego Nigro/JC Imagem


Universalizar a educação integral, construir 20 Upinhas, um Hospital da Mulher, cinco Compaz e ainda requalificar o Bode - uma das comunidades mais carentes do Recife. Quando lançou sua candidatura em 2012, o prefeito do Recife, Geraldo Julio, que disputa a reeleição este ano, assinou e registrou em cartório um extenso e ousado plano de governo, com promessas em todas as áreas da gestão. O programa traz 117 propostas que podem ser cobradas e medidas. A partir de um pente-fino, o JC identificou que, três anos e nove meses depois, 35% das ações prometidas foram concluídas. Outras 36,7% estão em andamento. Três dos quatro compromissos citados na abertura deste texto ainda não viraram realidade.

>> Para Prefeitura do Recife, 80% do plano de governo saiu do papel

A prefeitura argumenta que 80% das metas estabelecidas no Programa de Governo foram executadas. Algumas conclusões, porém, não batem com a realidade das ruas. O levantamento da gestão considera, por exemplo, o embutimento da fiação do Centro do Recife como em andamento, quando o que existe é um decreto de 2015 com a indicação de criar uma comissão técnica. Os fios permanecem exposto.

Anunciada como uma das principais propostas de campanha, em setembro de 2012, a reurbanização da comunidade do Bode ainda não se concretizou. No guia da época, o hoje prefeito entrou na casa dos moradores, ouviu a carência e prometeu vida nova. Quatro anos depois, a prefeitura demarcou há alguns dias um terreno, no antigo aeroclube, para iniciar a construção das casas populares, mas o prazo de finalização é de, no mínimo, 12 meses.

"As pessoas que mais precisam de casa, aqui no Bode, são aquelas que moram nas palafitas. Elas precisam dessa ajuda do governo, porque sozinhas não têm condições de fazer as casas. A prefeitura precisa ajudar esse povo carente do Bode", desabafou José Reverton da Silva, 20 anos, que mora na comunidade. O déficit habitacional no Recife gira em torno de 70 mil unidades e é uma das principais críticas da oposição.

 

 

 

 

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