Com o crescimento dos casos de violência no Recife, um tema recorrente nos debates eleitorais volta com tudo nesta reta final da campanha: o armamento da Guarda Municipal. Dois dos sete postulantes à Prefeitura do Recife já emitiram opiniões favoráveis ao uso de armas. Candidato à reeleição, o prefeito Geraldo Julio (PSB) evitou cravar um posicionamento sobre o tema. Segundo ele, o assunto ainda está em discussão e não há previsão para fazer o armamento da guarda.
Questionado sobre a necessidade do uso de arma, Geraldo grifou o papel de cada instituição no combate à violência. “A repressão policial nas ruas é feita pela Polícia Militar”, comentou, ontem, após sabatina na TV Tribuna.
Geraldo citou ainda a ampliação no efetivo da Guarda Municipal e as ações para reforçar a instituição. “A questão do armamento da guarda ainda está em discussão, mas até aqui a gente não tem nenhuma previsão de fazer. A guarda cumpre bem o seu papel, tem o taser. A gente modernizou, conseguiu adquirir novos veículos, equipamentos, materiais. Criamos um grupo de operações especiais na guarda. Então essa previsão de armamento não está, nesse momento, sendo discutida”, afirmou o prefeito-candidato.
Em 2012, na campanha, ele prometeu ampliar o efetivo da guarda de 1.188 para 2.500. Houve concurso em 2015 para 1.355 guardas, mas só 321 foram chamados até o momento.
Adversários de Geraldo, Daniel Coelho (PSDB) e João Paulo (PT) já deram declarações a favor o uso de armas pela Guarda Municipal mediante o treinamento prévio em parceria com as polícias.
De acordo com Daniel, o armamento não deve ser para toda a Guarda Municipal, mas sim para "algumas funções". Ele diz que é possível liberar o uso de armas de fogo para os guardas porque uma legislação federal permite a iniciativa, mas destacou que investirá no treinamento da corporação.