Geraldo têm desafios de manter mobilização e conquistar votos do DEM e PSDB

Geraldo Julio pode se beneficiar com onda "antipetista" que permeia política nacional
Marcela Balbino
Publicado em 03/10/2016 às 7:52
Foto: Foto: Ricardo B. Labastier/ JC Imagem


A partir desta segunda-feira (3) começa uma nova eleição, que vai até o dia 30 de outubro. Apesar de ter subido o tom contra o PT na reta final do primeiro turno para tentar liquidar a fatura no primeiro turno, o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), candidato à reeleição, terá que redesenhar a rota e conquistar aqueles eleitores que consideram seu governo regular – cerca de 36%, de acordo com a última pesquisa do Instituto Maurício de Nassau (IPMN).

Terá pela frente o desafio de manter o engajamento dos apoiadores, formados em grande parte por pessoas ligadas aos vereadores. Geraldo pode se beneficiar ainda com o quadro de rejeição ao PT no Recife, o que pode lhe ajudar a atrair os votos dos eleitores dos candidatos Daniel Coelho (PSDB) e Priscila Krause (DEM).

Para a campanha socialista, o desafio é estimular a mensagem a ser passada para os eleitores do DEM e do PSDB. No início da disputa havia uma dúvida se os eleitores de Daniel e Priscila eram contra a gestão do PSB no Recife ou contra o PT. Segundo integrantes da equipe de Geraldo, pesquisas internas mostram que o sentimento antipetista foi maior. “Além disso, João Paulo não tem a sedução do novo”, observa um aliado, em reserva. 

Nesses próximos 27 dias estarão em jogo a gestão do PSB na Prefeitura do Recife e, sobretudo, o projeto de poder do grupo político alinhavado pelo ex-governador Eduardo Campos (PSB), lá atrás em 2012, quando ele lançou o nome de Geraldo para disputa. O gesto era o primeiro ensaio para candidatura presidencial de Eduardo, concretizada um ano depois.

Confira entrevista de Geraldo Julio na redação do JC:

No primeiro turno, as caminhadas e atos políticos de Geraldo eram sempre lotados, em grande parte por apoiadores dos candidatos a vereador. Eram pouco mais de 700 candidatos da base. A Frente Popular no Recife, coligação do prefeito-candidato, conseguiu abarcar 20 partidos – maior aliança já feita no Recife. Desafio a partir de agora é garantir a mobilização da militância após a eleição proporcional.

Um dos caminhos naturais que o socialista deve seguir nesse segundo round será a sensibilização dos eleitores de Priscila Krause e Daniel Coelho em torno da sua candidatura. No segundo turno presidencial, em 2014, Geraldo e Paulo Câmara coordenaram a campanha do tucano Aécio Neves no Estado e o gesto marcou um afastamento do PSB do campo da esquerda para uma direitização. 

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