Com dossiês, candidatos em Jaboatão trocam acusações no debate da Rádio Jornal

Em um debate com poucas propostas e muita acusação de ambos os lados, os dois candidatos a prefeito de Jaboatão dos Guararapes, o deputado federal Anderson Ferreira (PR) e o vereador Neco (PDT), munidos de dossiês, partiram para o ataque durante o encontro da Rádio Jornal, na manhã desta quinta-feira (13). Desrespeitando as regras, os candidatos chegaram a interromper a fala do outro, subiram o tom e saíram dos estúdios sem se cumprimentar. 

Logo na primeira pergunta, Anderson questionou Neco sobre um processo que ele responde por corrupção passiva e formação de quadrilha, do qual o pedetista alega ser inocente e apenas ter pedido dinheiro emprestado a um colega vereador. Na resposta, Neco acusou o pai de Anderson, quando deputado estadual, de ter participado de um escândalo de subvenção social na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

O deputado federal também acusou o adversário de aposentar a própria esposa quando presidiu a Câmara de Vereadores; o que Neco também contesta avisando que nem era vereador quando ela se aposentou através do Instituto de Previdência do município. Em reação, Neco chamou Anderson de "mentiroso" e "farsante".

No momento mais duro, Neco chegou a dizer que deixaria o debate antes do final para não discutir com Anderson Ferreira; mas acabou ficando. Ao longo do programa de uma hora, poucas propostas foram apresentadas para os próximos quatro anos de gestão da cidade.

Tentando colar pechas nos adversários, Anderson repetiu várias vezes que Neco era "problema" e que ele seria o caminho para uma nova intervenção na prefeitura. O vereador contra-atacava acusando o deputado federal de ser o candidato "dos ricos" e morador de Boa Viagem.

MILITÂNCIAS SE CONFRONTARAM

A saída dos candidatos também foi marcada por confusão. Quando deixava o prédio do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação (SJCC), o carro de Anderson Ferreira foi cercado por militantes de Neco. Houve confronto entre as duas militâncias que se aglomeravam na Rua Capitão Lima, em Santo Amaro.

Foi preciso separar os dois grupos, que estavam munidos com paus de bandeiras dos candidatos e pelo menos um militante terminou sangrando.