O Projeto de Lei (PL) do governador Paulo Câmara (PSB) que prevê o reajuste da Polícia Militar (PM) chegou nesta terça-feira (7) à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) em regime de urgência. Isso significa que o projeto ganha prioridade nas votações e comissões.
Além disso, o PL só passará por comissões presididas por deputados do PSB: Constituição e Justiça (Waldemar Borges), Finanças (Clodoaldo Magalhães) e Administração Pública (Lucas Ramos), o que deve acelerar a aprovação.
Segundo o governador, o projeto de lei enviado é um ganho sem precedentes para a categoria. "Um soldado passará, em dois anos, de R$ 3,2 mil para R$ 4,1 mil. Um coronel, ao final de 2018, ganhará R$ 26 mil. É um esforço financeiro enorme que está sendo feito. As pessoas precisam ler o projeto que está em tramitação, e foi isso que pedimos para que os comandantes repassassem à tropa", explicou.
A proposta do Executivo, que deverá custar pouco mais de R$300 milhões aos cofres do Estado, é que o reajuste seja pago em três parcelas, sendo a última em dezembro de 2018. Além disso, serão incorporadas gratificações como auxílio-transporte e de defesa civil. Os policiais contestam que a incorporação de ‘benefícios’ reduz o ganho da categoria.
Nesta segunda-feira (6), o líder da oposição, Silvio Costa Filho (PRB), e Joel da Harpa (PTN), fizeram apelos no plenário da Alepe pra que haja tempo pra discussão. Nos bastidores, a oposição teme que o PL seja aprovado como um “rolo compressor”, sem ser discutido, já que o governo é maioria na Casa. Apesar disso, os relatores precisam apresentar o parecer em duas reuniões.