A Prefeitura do Recife está analisando a possibilidade de armar a Guarda Municipal. O debate interno começou neste ano e deve durar, pelo menos, mais 90 dias. As principais discussões está entre as secretarias que possuem efetivo da corporação: Segurança Urbana, Meio Ambiente e Mobilidade. A leitura é que, caso seja optado pelo armamento, nem todos os guardas terão acesso às armas de fogo. A ideia é que apenas os que trabalham em locais mais propícios à violência, como parques no horário noturno, teriam o treinamento especial.
“Vamos visitar algumas cidades que armaram as suas guardas e outras que optaram pelo não-armamento. Vamos tomar uma decisão madura”, disse o secretário de Segurança Urbana, Murilo Cavalcanti.
Embora o Estado tenha registrado um aumento em índices de violência como assaltos e homicídios, Murilo afirmou que a discussão não está motivada por isso. “A Guarda Municipal tem como objetivo proteger equipamentos públicos municipais, como unidades de saúde, escolas, parques, entre outros”, disse. É dentro dessa linha que o secretário defende que nem todo o efetivo deverá ser armando. “Não tem necessidade, por exemplo, de um guarda que trabalhe em um Cmei (Centro Municipal de Educação Infantil), que lida com crianças, estar com uma arma de fogo”, pontuou.
O assunto veio à tona nessa quarta (26), na sessão da Câmara Municipal, na votação da 1ª discussão sobre o projeto de lei 137/2017, de autoria de Ricardo Cruz (PPS), que prevê a gratuidade aos Guardas Municipais em eventos esportivos, culturais e de lazer. A gratuidade seria concedida mediante a apresentação da carteira de identidade funcional.