O governador Paulo Câmara, vice-presidente nacional do PSB, não se pronunciou sobre a crise política envolvendo o presidente Michel Temer (PMDB). A nova crise foi deflagrada nessa quarta-feira (18), após a divulgação de uma gravação do presidente e do empresário Joesley Batista, endossando o esquema para comprar o silêncio de Cunha, preso na Operação Lava Jato, em uma reunião no Palácio do Jaburu, em Brasília.
Paulo Câmara recebeu 20 embaixadores de países da União Europeia, que vieram a Pernambuco numa missão para avaliar o potencial econômico do Estado. A imprensa não teve acesso ao café da manhã, que ocorreu no Palácio do Campo das Princesas. Era esperado que o governador descesse para conceder entrevista, o que não ocorreu.
Segundo a assessoria do Palácio, estava previsto que a entrevista sobre o assunto da reunião seria concedida apenas do embaixador da União Europeia, o português João Cravinho, antes mesmo de explodir a crise. Nessa quarta (17), Paulo Câmara participou da reunião dos governadores do Nordeste com Temer, também segundo a assessoria.
Coube ao deputado estadual Aluísio Lessa (PSB), presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico da Alepe, comentar politicamente o encontro. O assunto da crise foi comentada tanto pelo governador quanto pelos embaixadores. "(A crise)
Não impede o motivo da visita a Pernambuco. Essa visita foi planejada e vem sendo trada ao longo do tempo. Será um dia de abertura de contratos", disse Lessa.
Para o deputado, a crise nacional irá repercurtir em todos os Estados, mas não irá afetar relações comerciais. ""Que vai repercutir nos 27 Estados, com certeza, e em todos os municípios. Existe uma relação empresarial, que independe de tormentas na política. A Europa está saindo de uma crise que vinha se arrastando há mais de dez anos, mas permite que eles agora visualizem novas rotas comerciais. Pernambuco se enquadra no perfil que eles buscam", disse Lessa.
O embaixador João Cravinho preferiu falar das possíveis relações econômicas que possam acontecer com Pernambuco após esta visita da comitiva. "Saímos ontem (quarta, 17) de Brasília e estava tudo tranquilo. O que aconteceu depois, não posso comentar", declarou o emebaixador, logo ao iniciar a entrevista com a imprensa.
"O governador quis fazer foi fazer uma intridução sobre a realidade de Pernambuco. De ontem (quarta) para hoje (quinta), houve notícias que colocaram o tema da crise política no centro da agenda. Mas o nosso olhar é de médio e longo prazo. Claro que trocamos impressões com quem estiver ao nosso lado sobre o momento em que se vive. O que interessa é quais são as possbilidades para criar laços de nossos prazos entre os novos povos. Nós não temos esse muito difícl trabalho no Brasil de sermos analistas políticos", declarou o embaixador.