Para Humberto, decisão contra Lula é parcial, política e sem prova

Líder da oposição no Senado, o petista afirmou que Moro baseou julgamento por convicções políticas e não jurídicas
Da editoria de Política
Publicado em 12/07/2017 às 16:40
Líder da oposição no Senado, o petista afirmou que Moro baseou julgamento por convicções políticas e não jurídicas Foto: Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado


O líder da Oposição no Senado, Humberto Costa (PT), saiu em defesa do ex-presidente Lula no plenário da Casa, após saber da notícia de que o juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sérgio Moro, o condenou a 9 anos e meio de prisão e o impediu ao exercício de cargos públicos por 19 anos no processo referente ao tríplex no Guarujá (SP).

Da tribuna, o parlamentar reiterou que não há provas que atribuam o apartamento a Lula e que a decisão do magistrado de Curitiba é política.

Para Humberto, a condenação é completamente parcial, política, sem fundamentação fática e sem prova. Ele defende que ela será revogada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). 

“Lula é absolutamente inocente. À frente do governo federal, jamais aferiu qualquer benefício a si próprio, familiares ou a quem quer que seja. O seu único crime foi ter reduzido as desigualdades sociais e a pobreza no nosso país”, afirmou.

Segundo ele, o objetivo de Moro não é acabar com a corrupção nem tirar dos setores público e privado essa prática danosa, mas sim criar as condições para que Lula não venha a ser candidato, mais uma vez, a presidente da República em 2018.

CALMO E SERENO

O senador contou que o presidente está tranquilo e sereno e já esperava essa decisão nitidamente política. “Agora, é hora de apelarmos para a segunda instância, onde deverá haver um magistrado que fundamente melhor a sua análise. Moro jogou a sua aura de ser alguém puro para o espaço, pois foi muito parcial nesse processo”, acredita Humberto.

Segundo o senador, o magistrado está prestando satisfação à sociedade porque construiu um monstro e atribuiu ao ex-presidente a chefia de uma organização criminosa, sem apresentar uma única prova durante todo esse período. “Esse juiz jamais confirmou que Lula roubou ao menos uma agulha, quanto mais ganhar graciosamente um imóvel.”

O líder da Oposição ressaltou que a escritura do tríplex jamais esteve em nome de Lula ou de familiares e tem, atualmente, a cessão de direitos em nome da Caixa Econômica Federal. “Não há uma única prova que possa dizer que Lula é o real proprietário do apartamento. Não há escritura, nem promessa de compra e venda nem nada. Eu lamento tudo isso porque esse juiz tornou-se no Brasil o paladino da Justiça e virou uma aberração de toga”, detonou.

Além disso, o senador ressaltou que, quando se trata de tucanos ou integrantes de outros partidos, “a sanha justiceira do juiz de Curitiba não se manifesta”. 

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