O Podemos (ex-PTN), novo partido do advogado Antônio Campos, pode integrar uma coligação com o PTB, partido do senador Armando Monteiro, para disputar as eleições majoritárias para o governo de Pernambuco em 2018.
"O Podemos estar dialogando com Armando Monteiro. Não está cogitando, neste momento, uma candidatura ao governo do estado. Poderá pleitear uma candidatura ao senado federal e está apoiando e organizando a candidatura a presidência do senador Álvaro Dias", disse Antônio Campos em entrevista à Rádio Jornal nesta segunda-feira (14).
Antônio Campos, irmão do ex-governador Eduardo Campos (PSB) se desfiliou do PSB em julho deste ano, partido pelo qual disputou a candidatura à prefeitura de Olinda em 2016. Ele integra agora o diretório nacional do Podemos. Em Pernambuco, o presidente estadual é o deputado federal Ricardo Teobaldo. Na Câmara, a expectativa da direção do Podemos é de que até dez deputados possam se filiar ao partido na próxima janela para livre troca partidária, prevista para março de 2018. O deputado Silas Freire (PR-PI) é um deles. Atualmente, a bancada do partido tem 13 deputados federais.
Segundo Campos, os cenários políticos nacional e estadual ainda não estão definidos para as eleições de 2018. "As forças políticas ainda estão analisando. Claro que existe uma candidatura do PSB, que pode ser de Paulo Câmara ou não, a candidatura de Armando, uma candidatura consolidada de oposição, embora Carlos Luppi tenha insinuado uma possibilidade de Senado, e a possibilidade de uma candidatura do PT que também terá influencia no cenário política pernambucano, porque o personagem Lula, candidato ou não, é um personagem importante em 2018", disse o ex-socialista.
Sobre a uma possível candidatura da ministra do TCU, Ana Arraes, para o Senado Federal ou até mesmo como vice-presidente, Antônio Campos diz que ela está sendo cortejada pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), pelo ex-prefeito de São aulo, Fernando Haddad (PT) e pelo senador Álvaro Dias (Podemos), nomes fortes para a candidatura à Presidência da República.
Alckmin tenta buscar apoio para 2018, mas vem sendo ofuscado pelo prefeito de São Paulo, João Doria. Haddad é visto como um "plano B" do PT, caso o ex-presidente Lula não possa disputar as eleições, sendo condenado em uma das outras cinco ações em que é alvo. "O próprio Fernando Haddad fez uma visita de cortesia a ministra, não falou de política, foi uma visita mais de cortesia de condolências pelos 3 anos do falecimento de Arraes. Já Álvaro Dias saiu do PV e se filiou ao Podemos com o objetivo de se lançar candidato à Presidência da República pela sigla. O PTN não possuía representantes no Senado.
Ana Arraes, ex-senadora, mãe do ex-governador Eduardo Campos e filha do ex-governador Miguel Arraes, seria uma importante aliada para viabilizar os votos na região Nordeste. Segundo Antônio, ela deve "amadurecer o assunto" e tomar uma decisão no período da janela partidária, em março de 2018. "Ela tem mais 5 anos como ministra, se aposenta como presidenta do TCU, tem feito lá um belo trabalho. Mas, acho que a oportunidade, se houve maior, e é possível. Há uma possibilidade de ser candidata a vice-presidente, por ter sido duas vezes deputada e ter mostrando habilidade politica e de poder unir algumas forças politicas
muito dispersas no estado de Pernambuco. Ela não descarta, 2018 ela toma essa decisão".