Política não pode ser demonizada, tem gente séria, diz Mendonça Filho

Para Mendonça Filho, candidaturas como a de Luciano Huck, que pode disputar em 2018, não podem ser uma negação à política, deve ser algo agregado
Da editoria de Política
Publicado em 16/11/2017 às 12:10
Para Mendonça Filho, candidaturas como a de Luciano Huck, que pode disputar em 2018, não podem ser uma negação à política, deve ser algo agregado Foto: Foto: Ashley Melo / JC Imagem


Para o ministro da educação, Mendonça Filho (DEM), a política não pode ser demonizada com a chegada dos "não políticos". Ele avaliou que candidaturas como a de Luciano Huck, que pode disputar a Presidência em 2018, não podem ser uma negação à política, deve ser algo agregado. "Se ele quer discutir política, vamos discutir política, mas não parto do princípio que a política deve ser demonizada e inviabilizada porque as nações que fizeram esse caminho ou se deram mal por trajetórias absurdas como Stalin, Mussoline e outros ditadores ou foram para outras aventuras que terminaram mergulhando o País num grande impasse", comentou.

"Luciano Huck começou a interagir com grupos como o Renova e o Agora, que estão interessados em renovar política e são muito bem vindos e importantes a política não pode viver apenas do tradicional, do antigo, do que esta aí, ela precisa se renovar. Mas acho que não se pode passar a borracha e nivelar todos por baixo, pois tem exceções à regra e tem políticos sérios, por mais que se pense o contrário tem gente muito comprometida independente de posições políticas e partidárias", disse o ministro que participou do debate da Rádio Jornal, desta quinta-feira (16).

Mendonça ainda usou como exemplo o impeachment de Dilma Rousseff para reforçar a ideia que não políticos tendem a passar por dificuldades. "A negação à política, quando houve no Brasil, Fernando Collor foi o primeiro presidente impedido no País, a própria Dilma que tinha perfil de tecnocrata e era vendida como burocrata e competente, mas no final das contas se mostrou justamente a outra coisa. E não entro no debate do mérito do impeachment, mas o Brasil conheceu a maior recessão da história e um desastre do ponto de vista de habilidade política. Entretanto, tivemos políticos de formação política que tiveram capacidade de liderar o País como Fernando Henrique e Lula. Lidar com liderança política não é fácil", ressaltou o pernambucano.

PERNAMBUCO

Mendonça ainda falou sobre as eleições em Pernambuco no próximo anos e disse que no máximo três candidaturas estarão no pleito pela cadeira que hoje pertence a Paulo Câmara. "O cenário está indefinido, mas não deve obedecer a mesma lógica de pulverização do quadro nacional, talvez a mais pulverizada desde 1989. Em Pernambuco, no máximo teremos três candidaturas disputando o pleito: uma da força de oposição não petista, o PT e o candidato do PSB que deve ser o governador Paulo Câmara", avaliou.

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